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martes, febrero 07, 2012

No passado, Trilha Inca era segredo de Estado; leia trecho de livro


Apreciar a paisagem, sem perder o fôlego e o ânimo durante o percurso. William Gray consegue aliar aventura e disposição tanto em passeios de trenó puxado por cães em uma província finlandesa quanto à prática de trekking na Trilha Inca.

No "Guia Viagens de Aventura: Lugares Incríveis, Experiências Radicais", editado pela Publifolha, Gray descreve como aliar a prática do esporte em montanhas altas e de difícil acesso ao prazer da aventura de explorar o novo território. Saiba mais sobre o guia


Veja trecho do guia no qual William Gray descreve como chegou em Machu Picchu, além de informações detalhadas sobre a região.


O caminho das ruínas
Pode-se percorrer a Trilha Inca em pouco menos de quatro horas, mas não faça de seu trekking uma corrida. Reserve tempo para apreciar a paisagem e as ruínas desta imprescindível peregrinação andina.


Divulgação
Guia apresenta roteiros incríveis para interessados em aventuras
"A principal meta da conquista espanhola", explicou nosso guia, Ruben, "foi eliminar a alma das pessoas, fazê-las se esquecer de sua cultura". Ele gesticulou na direção dos terraços de pedra de Llaqtapata, ruína inca em toda a extensão de uma colina, semelhante às marcas das ondas em uma praia. "Por isso Machu Picchu é tão especial - os espanhóis jamais o descobriram. A Trilha Inca era segredo de Estado. Era muito difícil encontrá-la e mais ainda segui-la. Até mesmo plebeus não podiam percorrê-la." Nós, por outro lado, estávamos sendo tratados como a nobreza inca. 

Partimos do começo da trilha, próximo ao rio Urubamba, de águas azuladas, e nosso grupo, de sete pessoas, chegou à aldeia de Huayllabamba ao encontro de Sixto, nosso principal carregador, que nos aguardava com toalhas aquecidas e molhadas. Nossas tendas já haviam sido armadas e havia uma com mesa posta para o jantar. É claro que nenhum desses mimos poderia escamotear o fato de que a Trilha Inca na verdade exige muito. Escalar o Warmiwañusqa (Desfiladeiro da Mulher Morta, 4.200m) em dois dias, por exemplo, implicou uma lenta caminhada e um ganho vertical de 1.200m. O desfiladeiro marca o ponto em que se iniciou a Trilha Inca original. Até então percorríamos trilhas acidentadas, mas agora víamos uma trilha pavimentada com fragmentos de granito branco, meticulosamente juntados para formar uma escada com degraus desiguais em direção a nosso segundo acampamento, no vale de Pacamayo. No dia seguinte chegamos a Sayacmarca, bela ruína inca que parecia ter-se metamorfoseado em um aglomerado de cristais. "Os incas sempre trabalhavam com a natureza, nunca contra ela", afirmou Ruben.

Na manhã seguinte, às cinco horas, havia um nevoeiro. Ruben nos serviu um café-da-manhã prolongado e, assim, a trilha estava deserta quando partimos para a etapa final. Eu me vi caminhando lentamente, em parte saboreando os últimos quilômetros - o despertar da floresta, os picos fantasmagóricos das montanhas, que surgiam e desapareciam - e em parte temendo que, se andasse depressa demais, pudesse deparar com uma fila de outros trekkers e frustrar expectativas. O sol surgia, quente e pálido na neblina que se dissipava. Subi um degrau e me vi caminhando de repente entre os arcos de pedra de Intipunku, o famoso Portal do Sol. Lá ouvi o murmúrio de vozes - não muitas, não muito altas - enquanto avançava e me posicionava para a primeira visão de Machu Picchu.


Seus terraços mal se debruçavam sobre uma borda, acima do cânion de Urubamba. O pico de Wayñapicchu erguia-se acima da cidadela e todo o cenário era envolvido pelo perfil das montanhas de Vilcanota. À medida que os ônibus despejavam excursionistas de um dia nas antigas ruelas da Cidade Perdida, dei-me conta de que, apesar de toda a beleza espiritual e arquitetura inspiradora de Machu Picchu, eles iam lá para ver apenas parte da história - o final dramático que acompanha os movimentos de uma longa e absorvente sinfonia. Por quatro dias testemunhamos toda aquela obra-prima, desde as alturas até os baixios - e no meio deles, cada degrau escavado pelos incas.

ECOINFO

- Para impedir a erosão da pavimentação inca, proteções de borracha são obrigatórias nas pontas dos cajados que auxiliam a travessia da trilha. Ou então compre cajados de bambu.
- Não caia na tentação de cortar caminho, pois a vegetação, nas alturas, pode levar anos para se recuperar se você pisar nela.
- Leve seu lixo embora e use água fervida/tratada em vez de comprar água engarrafada.

INFORMAÇÕES

Trilha Inca, Peru
Comprimento: 43km
Duração: 4-5 dias
Início e fim: A maioria dos trekkings começa no km 82. É até onde chegam os ônibus que partem de Cusco, após uma viagem de 3 horas e meia. O km 88, descendo o vale do Urubamba, é acessível apenas por trem www.perurail.com. A Trilha Inca termina em Machu Picchu, e aí se pode tomar um ônibus que desce até Aguas Calientes, de onde partem os trens para Cusco.
Melhor época: Embora a estação seca vá de maio a outubro, prepare-se para chuva a qualquer época do ano. A temperatura varia de 0 a 28ºC. A trilha fecha todo mês de fevereiro para manutenção. A estação chuvosa (nov-abr) a torna lamacenta, escorregadia, e as permissões para a alta estação (jul-ago) devem ser solicitadas com antecedência.
É bom saber: Só se pode percorrer a Trilha Inca recorrendo a uma agência credenciada, que providenciará permissões, guia, carregadores, equipamento de camping, comida, transporte até a trilha etc., ou a um guia local credenciado (se você organizar tudo, levar seu equipamento, cozinhar para si mesmo etc.).
Próximo passo: Acesse www.peru.info, site oficial de turismo do Peru.
Agências: Existem inúmeras operadoras de trekking em Cusco, entre elas a InkaNatura Travel.


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